Pode parecer implicância minha com a Igreja Católica, mas não é. Depois da postagem sobre a excomunhão das pessoas envolvidas no aborto realizado na criança pernambucana, volto a falar sobre o "Poder" da Igreja. Desta vez com uma crítica um pouco mais explícita.
Numa cidade localizada ao Sul da Sibéria, denominada Biisk, a empresa Triyera passou a vender, desde março de 2009, garrafas de água que afirma ser benta. A água é proveniente da chamada "Fonte da montanha - batismal". A empresa reafirma que a água seria benta, considerando que foi engarrafada quando da celebração da Epifania (festa religiosa cristã que representa a assunção humana de Jesus Cristo, quando o filho do Criador dá-se a conhecer ao Mundo). Na Rússia tal evento ocorreu no dia 19 de janeiro de 2009 e a referida fonte teria sido benta, de acordo com as tradições ortodoxas.
Sob esse argumento, a empresa passou a comercializar o produto a preços bem mais altos que os praticados pela concorrência. A empresa investiu na publicidade das características de seu produto bento:
Janeiro já passou há muito tempo e há longas filas na igreja. O que fazer se você não conseguiu fazer um estoque de água benta? Pode esperar o ano que vem – ou simplesmente ir ao mercado. Nos preocupamos com quem precisa de água benta o ano inteiro.
A Igreja Católica não agradou da iniciativa da empresa Triyera e já demanda contra ela na justiça, segundo informações divulgadas pelo jornal "Einnews". A Igreja Católica já enviou correspondências aos estabelecimentos que vendem a água da empresa Triyera para que retirassem os produtos das prateleiras, o que já esta sendo cogitado por alguns desses estabelecimentos.
Mais uma vez a Igreja Católica busca reafirmar seu poder, seja ele divino, seja comercial ou econômico. Na época do Império Romano, a Igreja possuía uma força descomunal. Quando do Estado Medieval, período em que a propriedade de terras era sinônimo de Poder, a Igreja possuindo 1/3 das terras do mundo conhecido era uma potência e exercia enorme influência social. Após as revoluções liberais esse poder foi fragilizado, mas ainda muito presente dos dias de hoje.
A Igreja vem mudando de estratégia para não perder espaço e, consequentemente, poder. Encara uma briga na Rússia pela comercialização da água benta, certamente, por uma série de motivos religiosos, mas também porque a instituição também comercializa o produto, possuindo até algumas marca de água no mercado.
Tudo bem, não pretendo discutir a possibilidade de abrir franquias de água benta.... não é isso. O que pretendo questionar é se o interesse da Igreja Católica é apenas religioso e voltado para na defesa de seus dogmas ou se, com essa desculpa, não pretende, na verdade, defender uma "fonte" de renda em que pretende consolidar um monopólio na exploração da fé de seus seguidores.
Referência: Vivian Oswald - Fazemos qualquer negócio II
Mais uma vez a Igreja Católica busca reafirmar seu poder, seja ele divino, seja comercial ou econômico. Na época do Império Romano, a Igreja possuía uma força descomunal. Quando do Estado Medieval, período em que a propriedade de terras era sinônimo de Poder, a Igreja possuindo 1/3 das terras do mundo conhecido era uma potência e exercia enorme influência social. Após as revoluções liberais esse poder foi fragilizado, mas ainda muito presente dos dias de hoje.
A Igreja vem mudando de estratégia para não perder espaço e, consequentemente, poder. Encara uma briga na Rússia pela comercialização da água benta, certamente, por uma série de motivos religiosos, mas também porque a instituição também comercializa o produto, possuindo até algumas marca de água no mercado.
Tudo bem, não pretendo discutir a possibilidade de abrir franquias de água benta.... não é isso. O que pretendo questionar é se o interesse da Igreja Católica é apenas religioso e voltado para na defesa de seus dogmas ou se, com essa desculpa, não pretende, na verdade, defender uma "fonte" de renda em que pretende consolidar um monopólio na exploração da fé de seus seguidores.
Referência: Vivian Oswald - Fazemos qualquer negócio II
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