domingo, 9 de novembro de 2008
ELEIÇÕES 2008 - Só os fortes sobrevivem!!!!
sábado, 25 de outubro de 2008
5º Trabalho - TGA - Propostas dos políticos
1) A matéria em anexo, publicada na revista VEJA, traz 9 propostas elaboradas por políticos, analisando as necessidades de melhorias setoriais, como por exemplo, propostas voltadas para a área do Meio Ambiente. Em grupo, avalie e classifique as propostas por grau de prioridade, conforme entendimento do grupo, dentre as oito propostas escolha 4 (quatro):
Propostas:
Ambiente
1 - Dobrar o saneamento básico em dez anosMenos de 50% dos domicílios brasileiros são ligados à rede de esgotos. Destes, apenas 35% recebem tratamento. O restante é despejado diretamente em rios, córregos e lagos. O Brasil ainda é africano nessa área. O ministro Carlos Minc estima que tratar 70% dos esgotos até 2018 custaria 12 bilhões de reais por ano. O custo é elevado? Não em vista dos benefícios. Entregar a tarefa à iniciativa privada, por meio de concessões, é uma saída.
2 - Transformar pastos em áreas produtivasO avanço da fronteira do boi e da soja derruba oito de cada dez árvores das florestas de clima da Amazônia. Para deter esse avanço é vital ocupar áreas já desmatadas. Cerca de 16 milhões de hectares de áreas de pasto estão abandonados na Amazônia. Com sua recuperação e uso, a produção de grãos pode crescer 30% na região sem exigir a derrubada de uma única árvore. Recuperar custa o dobro do que simplesmente desmatar. Subsidiar a recuperação de áreas degradadas é a abordagem econômica mais racional.
3 - Premiar prefeituras pela preservação ambientalA degradação ambiental tem maior impacto sobre a qualidade de vida dos habitantes das cidades do que para o morador de um grotão isolado na floresta. Por essa razão, iniciativas locais de preservação são mais impactantes. É exemplar o sucesso do programa ICMS Verde, adotado no Paraná para premiar municípios com desempenho acima da média no tratamento de lixo e na conservação de bacias hidrográficas. A área preservada no estado cresceu doze vezes nos últimos dez anos.
4 - Unificar as leis ambientaisO Brasil tem mais de trinta leis ambientais federais. Combinadas às regras estaduais e municipais essas leis deixam apenas 30% do território livre para a ocupação econômica. Como não temos 70% do território ocupado por paraísos ecológicos, fica óbvio o exagero das restrições. O emaranhado legal provoca insegurança jurídica, dificulta a fiscalização e cria oportunidades para a corrupção. Leis mais simples são, sempre, mais eficientes.
5 - Dar independência financeira aos parques ecológicosOs 63 parques nacionais ocupam uma área de 24,1 milhões de hectares, o equivalente ao território do estado de São Paulo. Em comum, têm o fato de ser mal administrados – são apenas 348 funcionários para cuidar de todos. Eles falham na missão preservacionista e, quando abertos à visitação, oferecem serviços precários. São como os cofres públicos para os corruptos: uma riqueza a ser apropriada pelo mais esperto. Os Estados Unidos têm oitenta vezes mais visitas pagas em seus parques. É hora de valorizar os nossos, protegê-los e mantê-los com o dinheiro arrecadado dos visitantes.
6 - Criar um plano nacional de zoneamento econômico-ecológicoO governo paga aventureiros para derrubar a floresta amazônica, dando-lhes crédito destinado à atividade agrícola. Isso não se faz por maldade, mas por ignorância sobre quais são as áreas aráveis do território nacional e quais são as preserváveis. Ninguém sabe ao certo onde começa uma e acaba a outra. Muitos debates gastam horas apontando a mesma área no mapa e enxergando nela solos diferentes. O zoneamento agroclimático é ferramenta vital para planejar o desenvolvimento sustentável.
7 - Tornar mais vantajoso manter uma árvore de pé do que cortá-laDez milhões de moradores da Amazônia Legal dependem da atividade extrativista ou agropecuária. Para eles, discurso e consciência ecológica não funcionam. Eles precisam de medidas que tornem mais vantajoso preservar do que destruir. O governo da Costa Rica remunera proprietários que conservam as matas nativas em suas terras. Um estudo mostra que, em Mato Grosso, dar 1 000 reais ao ano por hectare preservado seria estímulo suficiente para conter a devastação. É quase de graça.
8 - Investir em fontes renováveis de energiaNos próximos dez anos o Brasil precisará acrescentar produção equivalente à de três usinas de Itaipu para suprir sua necessidade de energia elétrica. O sol e os ventos abundantes no país podem oferecer parte da solução. O potencial da produção de energia eólica é estimado em dez Itaipus. A incidência solar no Brasil é o dobro da registrada na Alemanha, um dos países que mais investem nessa fonte renovável de energia elétrica.
9 - Não desperdiçar energiaPara cada dólar produzido pela economia, o Brasil precisa de 40% mais de energia do que os Estados Unidos e 70% mais do que a Alemanha. Isso se deve menos ao custo de geração do que ao desperdício. O Brasil perde 16,5% de toda a energia elétrica produzida. É quase uma Itaipu que se joga fora a cada ano. Para tornar mais eficiente o aproveitamento da energia, seria preciso investir em duas frentes: programas de conscientização dos consumidores e a busca de processos industriais e equipamentos mais econômicos.
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1ª __________________ (Proposta que o grupo entende ser mais importante. Justifique.)
2ª _______________ (Proposta que o grupo entende ser a 2ª mais importante. Justifique.)
3ª _______________ (Proposta que o grupo entende ser a 3ª mais importante. Justifique.)
4ª_______________ (Proposta que o grupo entende a 4ª ser mais importante. Justifique.)
2) Apresente uma sugestão do grupo que não tenha sido indicada pelos Políticos, que considerem importantes para a melhoria das condições do Meio Ambiente.
3) O grupo considera que as propostas formuladas pelos políticos são pertinentes? Estariam eles, políticos, aptos a merecer o voto do Grupo? Justifique.
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Trabalho 5 - Propostas dos Políticos - Normal Superior e Pedagogia
Atividade
1) A matéria em anexo, publicada na revista VEJA, traz 8 propostas elaboradas por políticos, analisando as necessidades de melhorias setoriais, como por exemplo, propostas voltadas para a área da Educação. Em grupo, avalie e classifique as propostas por grau de prioridade, conforme entendimento do grupo, dentre as oito propostas escolha 4 (quatro):
Propostas:
Educação
1 - Choque de meritocracia na educaçãoMérito é premiar com promoção e aumento de salário os professores que formam mais alunos capazes de atingir boa colocação em disputas acadêmicas internacionais. O conceito é desconhecido no Brasil. Aqui quase sempre o professor recebe aumento de salário por tempo de serviço. Na ausência de outros fatores e só com a aplicação de um choque de meritocracia, o desempenho dos alunos brasileiros em matemática ficaria entre os 43 melhores do mundo, ombreando com o de Israel e Itália, e não, como é agora, em 53º lugar, ao lado do Quirguistão.
2 - Convencer os pais de que eles são parte da escolaPais educam. Escolas ensinam. Esse provérbio caducou. As pesquisas mostram que, além de um bom professor, nada melhora mais o desempenho escolar do que o envolvimento dos pais no processo educacional. É uma guerra cultural que pode ser vencida com as armas certas: a internet (os pais podem até acompanhar algumas aulas) e os cursos para pais.
3 - Ampliar a rede de ensino técnico superiorO ensino de geografia, ciências sociais e outras áreas de humanas conta pouco. O fator decisivo para o progresso material está no ensino da matemática, das engenharias e da física aplicada. Apenas 8% dos jovens brasileiros se formam em algum curso superior dessas áreas – contra 18% nos países avançados. A saída é popularizar as faculdades técnicas. Nelas, em dois anos, o jovem obtém um diploma de ensino superior e tem lugar garantido no mercado de trabalho. Foi um sucesso na Coréia do Sul, que, assim, colocou um diploma e um emprego nas mãos de 80% dos jovens.
4 - Fomentar a competição entre as universidadesNenhuma universidade brasileira figura entre as 100 melhores do mundo. Não é surpresa. Elas não têm incentivo para isso. As 100 melhores do mundo lutam para sê-lo para obter financiamento. Aqui, com ou sem desempenho, as verbas públicas chegam religiosamente. Melhorar para quê?
5 - Financiar os melhores pesquisadores. Apenas duas de cada 1 000 patentes registradas no mundo são brasileiras. Falta incentivo. O pesquisador brasileiro que registra patentes ganha, em geral, a mesma verba de quem não registra nenhuma. A tendência mundial é dar mais aos pesquisadores que produzem mais conhecimento original e valioso.
6 - Criar currículos obrigatórios para a educação básicaUm ponto em comum entre os dez países de maior sucesso educacional, social e material do mundo é a existência de um currículo obrigatório na educação básica. Sem um currículo com metas acadêmicas bem definidas, nenhum país progride. Na maior parte do Brasil, não há esse currículo.
7 - Investir na formação dos professores e de quem forma os professoresA cadeia do ensino tradicional tem alunos, professores, diretores e pedagogos. Falta uma categoria: a dos profissionais que ensinam os professores como ensinar. Apenas 20% das disciplinas nas faculdades de pedagogia se dedicam às metodologias de ensino, mostra um estudo da revista Nova Escola/Fundação Carlos Chagas.
8 - Mais pesquisa ambiental no BrasilTanto a Amazônia como as áreas de proteção ambiental no Brasil recebem pouquíssimos pesquisadores. Apesar de ocupar cerca da metade do território nacional e ser o cenário da maior biodiversidade do planeta, a Amazônia concentra apenas 5% dos pesquisadores brasileiros. Significa que há um cientista para cada 4 000 quilômetros quadrados. Apenas 10% das espécies da região estão catalogadas. Só com conhecimento profundo dos biomas brasileiros será possível criar estratégias mais eficazes para a preservação daqueles tesouros naturais.
1ª __________________ (Proposta que o grupo entende ser mais importante. Justifique.)
2ª _______________ (Proposta que o grupo entende ser a 2ª mais importante. Justifique.)
3ª _______________ (Proposta que o grupo entende ser a 3ª mais importante. Justifique.)
4ª_______________ (Proposta que o grupo entende a 4ª ser mais importante. Justifique.)
2) Apresente uma sugestão do grupo que não tenha sido indicada pelos Políticos, que considerem importantes para a melhoria das condições da Educação Brasileira.
3) O grupo considera que as propostas formuladas pelos políticos são pertinentes? Estariam eles, políticos, aptos a merecer o voto do Grupo? Justifique.
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Eleições 2008 - Pesquisa Eleitoral Visual
domingo, 14 de setembro de 2008
Barrados no Baile
Orientado pela Advocacia-Geral da União (AGU), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou a participação de candidatos nestas eleições na solenidade de abertura da 7ª edição do Festival do Lixo e Cidadania, realizada ontem à noite em Belo Horizonte. Os postulantes a prefeito não puderam nem mesmo ver o petista na base área do Aeroporto da Pampulha, na
capital. A decisão foi tomada para evitar o desrespeito à legislação eleitoral, que veda a realização de campanha em espaços públicos ou eventos oficiais de governo .
Coube a ele passar essa informação para dois candidatos a prefeito que tentaram encontrar-se com o presidente: os deputados estaduais Welington Prado (PT) e Elisa Costa (PT), que disputam a cadeira em Uberlândia e Governador Valadares, respectivamente. Ambos chegaram a entrar na base área, mas foram convidados a se retirar do local.
Para evitar constrangimento semelhante, o candidato a prefeito pelo PSB, Márcio Lacerda, aguardou todo o tempo em seu carro, estacionado a poucos metros da entrada da base aérea. Ao seu lado, o candidato a vice-prefeito, Roberto Carvalho (PT), e uma assessora. Informado pelo cerimonial da presidência que não poderia entrar, foi embora. Antes, o petista alegou que estavam no aeroporto apenas à espera do prefeito Fernando Pimentel (PT), com quem iriam conversar. Mas foram embora poucos minutos antes de Pimentel chegar, no mesmo avião que o presidente Lula e o governador Aécio Neves (PSDB).
Cena que a equipe da campanha de Lacerda, de prontidão do lado de fora, filmou e fotografou. Integrantes da campanha de Jô Moraes (PCdoB) também estavam no local. A justificativa é que estavam em uma “vigília cívica” para evitar que a candidatura adversária desrespeitasse a legislação eleitoral. Informada anteriormente da impossibilidade de ficar ao lado do presidente Lula, a comunista não foi ao aeroporto. “Estou tranqüila porque o presidente deu uma ordem ao cerimonial para ser rígido. Não há perigo de outros candidatos criarem uma situação favorável”, afirmou a candidata.
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
3º Trabalho de Ciência Política
Há três semanas, Veja publicou reportagem revelando que o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, foi espionado por agentes a serviço da Agência Brasileira de Inteligência. O diretor da Abin, Paulo Lacerda, foi ao Congresso e negou com veemência a possibilidade de seus comandados estarem envolvidos em atividades clandestinas. Sabe-se, agora, que os arapongas federais não só bisbilhotaram o gabinete do ministro como grampearam todos os seus telefones no STF.
VEJA teve acesso a um conjunto de informações e documentos que não deixam dúvida sobre a ação criminosa da agência. O principal deles é um diálogo telefônico de pouco mais de dois minutos entre o ministro Gilmar Mendes e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), gravado no fim da tarde do dia 15 de julho passado. A conversa, reproduzida na página anterior, não tem nenhuma relevância temática, mas é a prova cabal de que espiões do governo, ao invadir a privacidade de um magistrado da mais alta corte de Justiça do país e, por conseqüência, a de um senador da República, não só estão afrontando a lei como promovem um perigoso desafio à democracia.
O diálogo entre o senador e o ministro foi repassado à revista por um servidor da própria Abin sob a condição de se manter anônimo. O relato do araponga é estarrecedor. Segundo ele, a escuta clandestina feita contra o ministro Gilmar Mendes, longe de ser uma ação isolada, é quase uma rotina em Brasília. Os alvos, como são chamadas as vítimas de espionagem no jargão dos arapongas, quase sempre ocupam postos importantes. Somente neste ano, de acordo com o funcionário, apenas em seu setor de trabalho já passaram interceptações telefônicas de conversas do chefe de gabinete do presidente Lula, Gilberto Carvalho, e de mais dois ministros que despacham no Palácio do Planalto - Dilma Rousseff, da Casa Civil, e José Múcio, das Relações Institucionais.
No Congresso, a lista é ainda maior. Segundo o araponga, foram grampeados os telefones do presidente do Senado, Garibaldi Alves, do PMDB, e dos senadores Arthur Virgílio, Alvaro Dias e Tasso Jereissati, todos do PSDB, e também do petista Tião Viana. Esse último, conforme o araponga, foi alvo da interceptação mais recente, que teve o objetivo "de acompanhar como ele está articulando sua candidatura à presidência do Senado". No STF, além de Gilmar Mendes, o ministro Marco Aurélio Mello também teve os telefones grampeados.
As gravações ilegais feitas pela Abin servem de base para a elaboração de relatórios que têm o presidente da República como destinatário final. Isso não quer dizer que Lula necessariamente tenha conhecimento de que seus principais assessores estejam grampeados ou que avalize a operação. Os agentes produzem as informações a partir do que ouvem, mas sem identificar a origem. Por serem ilegais, depois de filtradas, as gravações são destruídas. A do ministro Gilmar Mendes foi preservada porque, ao contrário das demais, ela foi produzida durante uma parceria feita entre a Abin e a Polícia Federal na operação que resultou na prisão do banqueiro Daniel Dantas, no início de julho.
Os investigadores desconfiavam de uma suposta influência do banqueiro no STF e decidiram vigiar o presidente da corte. Gilmar Mendes já havia sido informado de que alguns comentários que ele fez com assessores no interior do gabinete tinham chegado ao conhecimento de outras pessoas - uma evidência de que suas conversas estavam sendo ouvidas. Desconfiado, solicitou à segurança do tribunal que providenciasse uma varredura. Os técnicos constataram a presença de sinais característicos de escutas ambientais, provavelmente de aparelhos instalados do lado de fora da corte. Não era só isso. O presidente do STF também tinha os telefonemas de seu gabinete gravados ininterruptamente. A Abin recebia e analisava, por dia, mais de duas dezenas de ligações do ministro. Foi para provar o que dizia que o funcionário mostrou uma delas.
De acordo com os registros, o senador Demóstenes Torres ligou para o ministro Gilmar Mendes às 18h29 para tratar de um problema relacionado à CPI da Pedofilia. Na ocasião, Mendes não pôde atender porque estava a caminho do Palácio do Planalto para uma audiência com o presidente Lula. Três minutos depois, às 18h32, a secretária retornou a ligação para o gabinete do senador e a transferiu para o celular do ministro. A conversa foi rápida. O presidente do Supremo agradeceu a Torres pelo pronunciamento no qual havia criticado o pedido de impeachment protocolado contra ele no Congresso.
Na semana anterior, Mendes havia mandado soltar o banqueiro Daniel Dantas, o que provocou, além do pedido de impeachment, uma barulhenta reação da polícia e do Ministério Público. As entidades enxergaram na decisão do ministro - polêmica, mas felizmente tomada sob inspiração das leis vigentes - uma tentativa de impedir a punição dos corruptos. A Polícia Federal e a Abin interpretaram a decisão como uma confirmação de que alguma coisa errada se passava no gabinete do ministro e decidiram intensificar as ações ilegais. A partir daí, o presidente do Supremo e seus assessores mais próximos passaram a ser ouvidos, grampeados e seguidos pelos arapongas.
O diálogo em poder da Abin foi apresentado ao ministro Gilmar Mendes e ao senador Demóstenes Torres. Ambos confirmaram o teor da conversa, a data em que ela aconteceu e reagiram com indignação. "Não há mais como descer na escala da degradação institucional. Gravar clandestinamente os telefonemas do presidente do Supremo Tribunal Federal é coisa de regime totalitário. É deplorável. É ofensivo. É indigno", disse o ministro, anunciando que vai pedir providências diretamente ao presidente Lula. "Não acredito que a ação da Abin ou da Polícia Federal seja oficial, com o conhecimento do governo, mas cabe ao presidente da República punir os responsáveis por essa agressão", acrescentou Mendes.
O senador Demóstenes Torres também protestou: "Essa gravação mostra que há um monstro, um grupo de bandoleiros atuando dentro do governo. É um escândalo que coloca em risco a harmonia entre os poderes". O parlamentar informou que vai cobrar uma posição institucional do presidente do Congresso, Garibaldi Alves, sobre o episódio, além de solicitar a convocação imediata da Comissão de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso para analisar o caso. "O governo precisa mostrar que não tem nada a ver e nem é conivente com esse crime contra a democracia."
A atuação descontrolada dos arapongas oficiais está provocando crises dentro do próprio governo. Em conversas reservadas com assessores, Gilberto Carvalho, o chefe de gabinete do presidente Lula, que também foi vítima de espionagem clandestina, suspeita de uma conspiração em andamento para criar dificuldades ao governo. A teoria ganhou um reforço de um peso pesado do petismo. O ex-ministro José Dirceu, acostumado a freqüentar o noticiário como suspeito de alguma coisa, tem contado a amigos que é vítima de uma intensa perseguição de arapongas. A mais explícita, segundo ele, aconteceu em março passado.
Um advogado, muito amigo do ex-ministro, recebeu a informação de que os telefones de Dirceu, de seus advogados e de alguns familiares estariam clandestinamente grampeados. Além disso, o escritório de Dirceu em São Paulo sofreria uma "entrada" - no jargão dos arapongas isso significa uma invasão clandestina disfarçada de roubo. O alerta, segundo o advogado, foi feito por um policial. Dias depois, o escritório do ex-ministro foi invadido. De acordo com o boletim de ocorrência registrado na delegacia, eram ladrões diferenciados, pois não se interessaram em levar uma televisão de plasma, uma cafeteira italiana, celulares e objetos de valor. Furtaram apenas a CPU do computador. Os "ladrões" também não deixaram marcas nas portas nem impressões digitais. A polícia paulista informou que o crime provavelmente foi praticado por uma gangue de catadores de papel.
No fim de junho, José Dirceu avisou o presidente Lula que estava sendo vítima de operações ilegais e que suspeitava da ação conjunta da Polícia Federal e da Abin. Em público, o ministro não faz acusações diretas contra ninguém, mas, para o presidente, ele foi explícito: Dirceu acusa o atual diretor da Abin, Paulo Lacerda, e o ministro da Justiça, Tarso Genro, de estarem por trás de um complô para prejudicá-lo, recorrendo a supostas ações ilegais contra ele, inclusive a invasão do escritório. "Mandei também avisar o presidente que estava sendo escutado ilegalmente", disse o ex-ministro a um interlocutor na semana passada. Dirceu considera Tarso Genro, que é do PT, mas de uma corrente interna diferente da sua, como desafeto político.
O ministro da Justiça estaria usando o aparato policial contra Dirceu para tentar minar sua influência no partido. Paranóia? Talvez. O fato é que a ação clandestina dos arapongas, sejam eles da Abin ou ligados à Polícia Federal, está criando entre políticos, magistrados e autoridades em Brasília um clima que não se percebia desde os tempos do velho SNI, o serviço de inteligência criado no regime militar, que serviu, por mais de duas décadas, como instrumento de perseguição de adversários. Havia mais de um ano que o ministro Gilmar Mendes suspeitava que seus telefones estavam sendo grampeados. Parecia paranóia.
Questões
1) O fato ocorrido com o Presidente do STF configura ato atentatório à democracia?
2) No entendimento do grupo é correto gravar ligações sem autorização?
3) Os Poderes são independentes e devem fiscalizar uns aos outros. Nesse sentido, é justificável a produção de prova sem autorização judicial?
4) Para a democracia e a garantia de privacidade dos cidadãos o episódio representa alguma ameaça?
1º Trabalho de Ciência Política
considerando que existem alunos que ainda não entregaram o 1º Trabalho de Ciência Política, disponibilizo abaixo o que foi pedido:
O trabalho deve ser elaborado descrevendo a metodologia, o desenvolvimento e a importância da Ciência Política. Informo, ainda, que em relação à importância da Ciência Política, o aluno deverá apresentar considerações pessoais fazendo a relação da importância da matéria para o Curso no qual estão inscritos.
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
Eleitoral - Jantar oferecido por candidato não configura compra de votos!
terça-feira, 26 de agosto de 2008
Atividade de Ciência Política
O Analfabeto Político
Berthold Brecht
O pior analfabeto
É o analfabeto político,
Ele não ouve, não fala,
nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida,
o preço do feijão, do peixe, da farinha,
do aluguel, do sapato e do remédio
dependem das decisões políticas.
O analfabeto político
é tão burro que se orgulha
e estufa o peito dizendo
que odeia a política.
Não sabe o imbecil que,
da sua ignorância política
nasce a prostituta, o menor abandonado,
e o pior de todos os bandidos,
que é o político vigarista,
pilantra, corrupto e o lacaio
das empresas nacionais e multinacionais.
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Questões
1) Qual a razão de existirem tantos analfabetos políticos no Brasil?
2) É possível ser analfabeto e não ser analfabeto político? Por quê?
3) O que deveria mudar para diminuir ou acabar com o analfabetismo político? Dê três sugestões.
4) O que seu grupo entende pela manifestação política do voto branco e nulo?
5) O Autor tem razão quando afirma que da ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado e o pior de todos os bandidos? Por quê?