
As reclamações advindas do nosso timoneiro político, Luiz Inácio Lula da Silva, em relação à imprensa são preocupantes. Com um certo desconforto, assistimos às críticas feitas pelo Exmo. Sr. Presidente da República Federativa do Brasil ao comportamento da imprensa brasileira quando da veiculação de notícias sobre a crise do Senado brasileiro.
Lula denominou de "predileção pela desgraça" a sequência de noticiários que relataram os problemas vivenciados pelo Poder Legislativo pátrio.
Segundo o Presidente, a imprensa deveria noticiar as coisas boas, como o aumento do nível de emprego no Brasil, não obstante se enfrente uma crise econômica mundial.
A questão é: Será que a imprensa deve servir aos interesses do Presidente e noticiar o que ele gostaria de ver na mídia?
Ora, a "liberdade de expressão" está em alta, tanto é que, para ser jornalista, não mais é imprescindível a formação acadêmica em curso superior na área de comunicação e jornalismo. Parece que Lula ainda não assimilou bem essa notícia.
É inegável que Lula acertou em alguns pontos e que seus dois mandatos trouxeram uma série de benefícios para o povo brasileiro. Assim como os demais gestores, também foram verificados contratempos na administração do referido Presidente. Todavia, soa mal o discurso encampado pelo Presidente Lula ao criticar a preferência da imprensa por esta ou aquela notícia.
O próprio Lula, quando não era Presidente, nunca foi de ressaltar as coisas boas que vinham dando certo no Brasil. Agora é conveniente fazê-lo.
A população brasileira merece saber o que está acontecendo nos Poderes Republicanos. Quando não sabíamos a festa da corrupção era maior e a punição dos culpados, inexistente. Agora, ainda que com pouca resposta punitiva, a população pode definir em quem votar na próxima eleição.
Liberdade ainda que tardia...